A VIDA NA MATÉRIA ESCURA
Muito
além da matéria que pode ser observada e explicada pela mecânica celeste, esconde-se
um segredo: dimensões que estão muito distantes dos arquétipos vigentes em
nossa atual filosofia, mundos com paisagens invioláveis, paraísos secretos e
vales cheios de paz e silêncio...
Contido
na matéria, em tudo que podemos ver, sentir ou tocar, existe uma energia aquém
de nossa percepção, algo que somos impossibilitados biologicamente de ver. Contudo,
apesar dessa aparente abstração, há um embasamento físico acerca desse
fenômeno. No início do século XX, uma mente brilhante chamada Albert Einstein
postulou, através de sua célebre equação (E=mc2), que esse aparente vácuo
existente entre as galáxias, por todo o universo, estava repleto de matéria e
energia. Isso significava que essa desconhecida matéria exercia uma força
gravitacional sobre a expansão do universo. Porém, notou-se que o efeito
gravitacional emitido por essa massa era oposto ao efeito produzido pela
matéria observável, e estaria retardando, inexoravelmente, à natural expansão
do universo; e que, num futuro não muito distante, poderia até reverter essa
expansão. Todavia, posteriormente observou-se que essa matéria escura, na
verdade, estaria acelerando sua expansão, exatamente o oposto ao que se pensava
anteriormente.
Na
verdade, essa energia atua exatamente como postulara a chamada constante cosmológica,
proposta por Einstein, e acrescentada às suas equações originais. Porém, ao
perceber que elas não admitiam uma solução que representasse um universo
estático, em detrimento ao que o grande astrônomo Edwin Hubble acabara de
demonstrar, provando que o universo estava de fato se expandindo, Einstein
abandonou essa “constante cosmológica” e a considerou um grande erro.
Entretanto, pode não ter sido um erro, principalmente com o aprofundamento
dessa revolucionária ciência chamada Física Quântica. Mas, afinal, em que
consiste essa extraordinária ciência? Consiste no estudo do comportamento da
matéria em nível subatômico; como se comporta, de que forma atua e interagem as
partículas com a eletrosfera do átomo, etc., em termos práticos, é o estudo do
microcosmo.
O
macrocosmo, ou seja, tudo o que biologicamente podemos observar, está regido
pela Mecânica Celeste, brilhante mente proposta por Newton, posteriormente
aperfeiçoada, e que está vogando até hoje. Nela, se é sabida a velocidade de um
determinado corpo, saber-se-à o futuro desse corpo (S =So +VT), onde ele estará após um determinado período de
tempo. É de certa forma algo amparado pela geometria espacial. Tudo tende a ter
uma explicação. As equações em voga demonstram quase tudo, portanto é muito
mais conveniente, muito mais cômodo, permanecer nessa mesmice filosófica.
No
microcosmo, as coisas são bem diferentes: as equações relativísticas já não
funcionam. Trabalhar as equações de campo nesse universo subatômico fica por
demasiado difícil, que o diga o Princípio da Incerteza. Nesse maravilho universo,
que pouco a pouco está sendo descortinado, as equações são absolutamente
probabilísticas (é possível que o elétron esteja em determinado ponto, ou tenha
tal velocidade). Foi esse princípio, diga-se de passagem, que culminou na
célebre frase de Einstein: “Deus não joga dados”. Se Einstein não tivesse
abandonado a sua constante cosmológica, a física, como a conhecemos, teria que
ser reescrita.
Na mecânica
quântica, uma partícula não possui uma posição ou velocidade bem definida, mas
seu estado pode ser representado pelo que se denomina função de onda. Uma
função de onda é um número em cada ponto do espaço que indica a probabilidade
de a partícula ser encontrada em determinada posição. O grau de mudança da
função de onda de um ponto para outro informa as probabilidades das velocidades
de diferentes partículas. Algumas funções de onda têm cristas acentuadas em um
ponto particular no espaço. Nesses casos, há apenas um pequeno grau de
incerteza na posição da partícula, embora possamos ver no diagrama que, nesses
casos, a função de onda muda rapidamente perto do ponto, subindo de um lado e
descendo do outro. Isso significa que a distribuição da probabilidade para a
velocidade está espalhada por uma ampla faixa. Em outras palavras, a incerteza
da velocidade é grande. Considere, por outro lado, uma série de ondas
contínuas. Agora é grande a incerteza na posição, mas pequena na velocidade.
Assim, a descrição de uma partícula por uma função de onda não possui uma
posição ou velocidade bem definida. Ela satisfaz o princípio da incerteza. O
grau de mudança da função de onda no decorrer do tempo é fornecido pela
denominada equação de Schrödinger (a evolução no tempo da função de onda é
determinada pelo operador hamiltoniano, que está associado à energia do sistema
físico sendo considerado). Se conhecemos a função de onda em certo momento,
podemos usar a equação de Schrödinger para calculá-la em qualquer outro
momento, passado ou futuro. Portanto, ainda resta determinismo na teoria
quântica, mas em escala reduzida. Por esse motivo, Einstein não concordava com
as postulações de Niels Bohr, pai da física quântica.
Convido
agora o leitor a divagar sobre algo que tende a passar por despercebido no
jargão da física. E que está estagnado a mais de quarenta anos, que é a questão
do real observador, tanto na física relativística, quanto na quântica. Na
física relativística, o observador não interage com o resultado, seja ele qual
for. Na física quântica, o observador tem por obrigação, para atingir
determinado resultado, interagir com o evento (cito como melhor exemplo o
colisor de Hádrons). E mesmo assim, ele só vai poder ver o resultado da
interação, e nunca o produto original. Portanto, toda vez que o observador
tenta medir o mundo subatômico, ele, inexoravelmente, muda a realidade, porque
o resultado já é uma interação dele com o mundo quântico. Como o universo
subatômico é probabilístico, ele sempre termina interagindo com essa
probabilidade.
Na física,
que somos biologicamente e filosoficamente obrigados a ver, o observador vê o
objeto porque uma informação (a luz refletida ou emitida pelo objeto) chega aos
olhos do observador e assim ele o vê. Pois não? Já ocorreu ao leitor o que, em
essência, está por trás dos olhos do observador? E que, em minha opinião, é a
mais fantástica e extraordinária força já criada no universo: a entidade
consciência humana. É essa consciência o verdadeiro observador, seja na física
Newtoniana, seja na física quântica. É a “cola” que une tudo, o tão referido campo,
citado por Einstein. As Cordas, citadas por renomados astrofísicos, a matéria
escura dos universos paralelos, etc., e é essa consciência cósmica, em minha opinião,
uma entidade física real, e devem ser tratadas como tal. Ela precisa ser
incluída nas equações, nos modelos matemáticos em voga, simplesmente porque ela
é uma realidade, ou seja, existe de fato. Até ousaria considera-la como uma quinta partícula (tese
brilhantemente proposta pelo ilustre Prof. Laércio Fonseca), batendo de frente
com os paradigmas científico filosóficos em voga.
Experiências feitas em laboratório comprovaram que, quando se imprime
energia ao elétron ele salta de nível (órbita) instantaneamente. O leitor pode
até argumentar que estamos tratando com medidas microscópicas, tudo bem.
Acontece que, como estamos considerando a “consciência” como a quinta
partícula, traçando um paralelo com essa nova ideologia, podemos dizer que, se
imprimirmos energia a essa nova partícula (consciência), esse salto quântico
também ocorrerá. Essa nova realidade poderia muito bem explicar, perfeitamente,
o já comprovado cientificamente, fenômeno Ufo (esses objetos foram amplamente
registrados por radares no mundo todo, perfazendo trajetórias não balísticas e
velocidades que desafiam a lei da física como a conhecemos), porque quando
ocorre o salto quântico, o elétron não tem realidade. É o chamado “movimento
descontínuo”.. Esse fenômeno também poderia justificar os tão conhecidos, pelos
físicos teóricos, buracos de minhoca (esse teórico objeto, considerando a tese
do espaço curvo, agiria como portal interligando distâncias infinitas em tempo
real zero). Uma outra experiência feita em laboratório comprovou que, trocando
o movimento rotatório do elétron (spin), separando seu correspondente
eletrosférico, ou seja, seu par orbital (o outro elétron), a qualquer
distância, ele mudará, instantaneamente sua rotação também (spin). E aí leitor?
Como foi que esse segundo elétron ficou sabendo da mudança de rotação do
primeiro? Em que realidade essa informação viajou de um para o outro? Isso
ocorreu, no já citado “movimento descontínuo”. Não importa a distância desse
par orbital, o resultado sempre será o mesmo, e em tempo real zero. Essa nova
realidade quântica, derruba, inexoravelmente, a tese de que nada, absolutamente
nada, pode viajar com velocidade superior à da luz. Esse real paradoxo está com
os seus dias contados.
Todo o
problema dos físicos, não quânticos, é que suas equações não funcionam nas
demais realidades (universos paralelos, dimensões extras, planos físicos,
etc.). Pessoalmente, considero esse fato um dos maiores obstáculos para o
avanço da ciência. É preciso se desvencilhar dos paradigmas existentes, das
noções filosóficas em voga e aceitar essa nova realidade quântica. Essa quinta
partícula (a consciência) precisa ser incluída nas equações de campo. Essa nova
realidade, se estudada a fundo, com seriedade, abrirá um leque de novas e
revolucionárias tecnologias. Digo veementemente que toda história humana terá
que ser reescrita.
Já temos
provas, ao menos circunstanciais, da existência de outra dimensão física. Fato
esse consolidado com a descoberta, ainda na primeira metade do século XX, da
fascinante matéria escura. Mas o que é a matéria escura? Tudo começou quando os
cientistas perceberam, através de observações das galáxias mais distantes no universo,
que a luz emitida por essas galáxias sofria um escandaloso desvio (efeito esse
denominado de “lente gravitacional”) no longo do caminho até nós. Depois de
feitos e refeitos os cálculos, chegou-se a conclusão de que esse imenso desvio
da luz só poderia ser justificado por uma colossal quantidade de matéria,
muito, muito maior do que aquela que pode ser observada, matéria essa, que
somos biologicamente impedidos de observar. Contudo, a gravidade já a
denunciou, não há como negar sua existência. Em meu entendimento filosófico, a
gravidade e a consciência seriam as forças comuns às dimensões existentes. Só
que nessas outras dimensões elas seriam regidas por leis físicas e densidades ainda
desconhecidas pela nossa realidade.
Não é
preciso ser nenhum gênio para correlacionar, após vivenciar alguns fenômenos
ditos insólitos, e poder concluir, intuitivamente, que essa fantástica energia
chamada consciência (o espírito como entidade física real) transita livremente
entre as dimensões. E vou mais além: A matéria escura nada mais é do que a
manifestação energética dos planos espirituais superiores, ou seja, a vida após
a vida. Prezado leitor, na natureza tudo é energia condensada, e a própria
energia é também a matéria em estado radiante. O leitor não pode esquecer que o
próprio Einstein postulou que matéria e energia, em essência, são a mesma coisa
(E=mc2).
Juarez Medeiros Júnior.
Nota: A teoria que sugere a
“consciência” como sendo a quinta partícula, foi formulada brilhantemente pelo
ilustre Prof. Laércio Fonseca. Autor do
documentário: “Física Quântica e Espiritualidade.