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domingo, 17 de agosto de 2014

A vida na matéria escura

A VIDA NA MATÉRIA ESCURA



                    Muito além da matéria que pode ser observada e explicada pela mecânica celeste, esconde-se um segredo: dimensões que estão muito distantes dos arquétipos vigentes em nossa atual filosofia, mundos com paisagens invioláveis, paraísos secretos e vales cheios de paz e silêncio...
                    Contido na matéria, em tudo que podemos ver, sentir ou tocar, existe uma energia aquém de nossa percepção, algo que somos impossibilitados biologicamente de ver. Contudo, apesar dessa aparente abstração, há um embasamento físico acerca desse fenômeno. No início do século XX, uma mente brilhante chamada Albert Einstein postulou, através de sua célebre equação (E=mc2), que esse aparente vácuo existente entre as galáxias, por todo o universo, estava repleto de matéria e energia. Isso significava que essa desconhecida matéria exercia uma força gravitacional sobre a expansão do universo. Porém, notou-se que o efeito gravitacional emitido por essa massa era oposto ao efeito produzido pela matéria observável, e estaria retardando, inexoravelmente, à natural expansão do universo; e que, num futuro não muito distante, poderia até reverter essa expansão. Todavia, posteriormente observou-se que essa matéria escura, na verdade, estaria acelerando sua expansão, exatamente o oposto ao que se pensava anteriormente.
                   Na verdade, essa energia atua exatamente como postulara a chamada constante cosmológica, proposta por Einstein, e acrescentada às suas equações originais. Porém, ao perceber que elas não admitiam uma solução que representasse um universo estático, em detrimento ao que o grande astrônomo Edwin Hubble acabara de demonstrar, provando que o universo estava de fato se expandindo, Einstein abandonou essa “constante cosmológica” e a considerou um grande erro. Entretanto, pode não ter sido um erro, principalmente com o aprofundamento dessa revolucionária ciência chamada Física Quântica. Mas, afinal, em que consiste essa extraordinária ciência? Consiste no estudo do comportamento da matéria em nível subatômico; como se comporta, de que forma atua e interagem as partículas com a eletrosfera do átomo, etc., em termos práticos, é o estudo do microcosmo.
                    O macrocosmo, ou seja, tudo o que biologicamente podemos observar, está regido pela Mecânica Celeste, brilhante mente proposta por Newton, posteriormente aperfeiçoada, e que está vogando até hoje. Nela, se é sabida a velocidade de um determinado corpo, saber-se-à o futuro desse corpo (S =So +VT),  onde ele estará após um determinado período de tempo. É de certa forma algo amparado pela geometria espacial. Tudo tende a ter uma explicação. As equações em voga demonstram quase tudo, portanto é muito mais conveniente, muito mais cômodo, permanecer nessa mesmice filosófica.
                    No microcosmo, as coisas são bem diferentes: as equações relativísticas já não funcionam. Trabalhar as equações de campo nesse universo subatômico fica por demasiado difícil, que o diga o Princípio da Incerteza. Nesse maravilho universo, que pouco a pouco está sendo descortinado, as equações são absolutamente probabilísticas (é possível que o elétron esteja em determinado ponto, ou tenha tal velocidade). Foi esse princípio, diga-se de passagem, que culminou na célebre frase de Einstein: “Deus não joga dados”. Se Einstein não tivesse abandonado a sua constante cosmológica, a física, como a conhecemos, teria que ser reescrita.
                    Na mecânica quântica, uma partícula não possui uma posição ou velocidade bem definida, mas seu estado pode ser representado pelo que se denomina função de onda. Uma função de onda é um número em cada ponto do espaço que indica a probabilidade de a partícula ser encontrada em determinada posição. O grau de mudança da função de onda de um ponto para outro informa as probabilidades das velocidades de diferentes partículas. Algumas funções de onda têm cristas acentuadas em um ponto particular no espaço. Nesses casos, há apenas um pequeno grau de incerteza na posição da partícula, embora possamos ver no diagrama que, nesses casos, a função de onda muda rapidamente perto do ponto, subindo de um lado e descendo do outro. Isso significa que a distribuição da probabilidade para a velocidade está espalhada por uma ampla faixa. Em outras palavras, a incerteza da velocidade é grande. Considere, por outro lado, uma série de ondas contínuas. Agora é grande a incerteza na posição, mas pequena na velocidade. Assim, a descrição de uma partícula por uma função de onda não possui uma posição ou velocidade bem definida. Ela satisfaz o princípio da incerteza. O grau de mudança da função de onda no decorrer do tempo é fornecido pela denominada equação de Schrödinger (a evolução no tempo da função de onda é determinada pelo operador hamiltoniano, que está associado à energia do sistema físico sendo considerado). Se conhecemos a função de onda em certo momento, podemos usar a equação de Schrödinger para calculá-la em qualquer outro momento, passado ou futuro. Portanto, ainda resta determinismo na teoria quântica, mas em escala reduzida. Por esse motivo, Einstein não concordava com as postulações de Niels Bohr, pai da física quântica.
                    Convido agora o leitor a divagar sobre algo que tende a passar por despercebido no jargão da física. E que está estagnado a mais de quarenta anos, que é a questão do real observador, tanto na física relativística, quanto na quântica. Na física relativística, o observador não interage com o resultado, seja ele qual for. Na física quântica, o observador tem por obrigação, para atingir determinado resultado, interagir com o evento (cito como melhor exemplo o colisor de Hádrons). E mesmo assim, ele só vai poder ver o resultado da interação, e nunca o produto original. Portanto, toda vez que o observador tenta medir o mundo subatômico, ele, inexoravelmente, muda a realidade, porque o resultado já é uma interação dele com o mundo quântico. Como o universo subatômico é probabilístico, ele sempre termina interagindo com essa probabilidade.
                    Na física, que somos biologicamente e filosoficamente obrigados a ver, o observador vê o objeto porque uma informação (a luz refletida ou emitida pelo objeto) chega aos olhos do observador e assim ele o vê. Pois não? Já ocorreu ao leitor o que, em essência, está por trás dos olhos do observador? E que, em minha opinião, é a mais fantástica e extraordinária força já criada no universo: a entidade consciência humana. É essa consciência o verdadeiro observador, seja na física Newtoniana, seja na física quântica. É a “cola” que une tudo, o tão referido campo, citado por Einstein. As Cordas, citadas por renomados astrofísicos, a matéria escura dos universos paralelos, etc., e é  essa consciência cósmica, em minha opinião, uma entidade física real, e devem ser tratadas como tal. Ela precisa ser incluída nas equações, nos modelos matemáticos em voga, simplesmente porque ela é uma realidade, ou seja, existe de fato. Até ousaria  considera-la como uma quinta partícula (tese brilhantemente proposta pelo ilustre Prof. Laércio Fonseca), batendo de frente com os paradigmas científico filosóficos em voga.
                    Experiências feitas em laboratório comprovaram que, quando se imprime energia ao elétron ele salta de nível (órbita) instantaneamente. O leitor pode até argumentar que estamos tratando com medidas microscópicas, tudo bem. Acontece que, como estamos considerando a “consciência” como a quinta partícula, traçando um paralelo com essa nova ideologia, podemos dizer que, se imprimirmos energia a essa nova partícula (consciência), esse salto quântico também ocorrerá. Essa nova realidade poderia muito bem explicar, perfeitamente, o já comprovado cientificamente, fenômeno Ufo (esses objetos foram amplamente registrados por radares no mundo todo, perfazendo trajetórias não balísticas e velocidades que desafiam a lei da física como a conhecemos), porque quando ocorre o salto quântico, o elétron não tem realidade. É o chamado “movimento descontínuo”.. Esse fenômeno também poderia justificar os tão conhecidos, pelos físicos teóricos, buracos de minhoca (esse teórico objeto, considerando a tese do espaço curvo, agiria como portal interligando distâncias infinitas em tempo real zero). Uma outra experiência feita em laboratório comprovou que, trocando o movimento rotatório do elétron (spin), separando seu correspondente eletrosférico, ou seja, seu par orbital (o outro elétron), a qualquer distância, ele mudará, instantaneamente sua rotação também (spin). E aí leitor? Como foi que esse segundo elétron ficou sabendo da mudança de rotação do primeiro? Em que realidade essa informação viajou de um para o outro? Isso ocorreu, no já citado “movimento descontínuo”. Não importa a distância desse par orbital, o resultado sempre será o mesmo, e em tempo real zero. Essa nova realidade quântica, derruba, inexoravelmente, a tese de que nada, absolutamente nada, pode viajar com velocidade superior à da luz. Esse real paradoxo está com os seus dias contados.
                    Todo o problema dos físicos, não quânticos, é que suas equações não funcionam nas demais realidades (universos paralelos, dimensões extras, planos físicos, etc.). Pessoalmente, considero esse fato um dos maiores obstáculos para o avanço da ciência. É preciso se desvencilhar dos paradigmas existentes, das noções filosóficas em voga e aceitar essa nova realidade quântica. Essa quinta partícula (a consciência) precisa ser incluída nas equações de campo. Essa nova realidade, se estudada a fundo, com seriedade, abrirá um leque de novas e revolucionárias tecnologias. Digo veementemente que toda história humana terá que ser reescrita.
                    Já temos provas, ao menos circunstanciais, da existência de outra dimensão física. Fato esse consolidado com a descoberta, ainda na primeira metade do século XX, da fascinante matéria escura. Mas o que é a matéria escura? Tudo começou quando os cientistas perceberam, através de observações das galáxias mais distantes no universo, que a luz emitida por essas galáxias sofria um escandaloso desvio (efeito esse denominado de “lente gravitacional”) no longo do caminho até nós. Depois de feitos e refeitos os cálculos, chegou-se a conclusão de que esse imenso desvio da luz só poderia ser justificado por uma colossal quantidade de matéria, muito, muito maior do que aquela que pode ser observada, matéria essa, que somos biologicamente impedidos de observar. Contudo, a gravidade já a denunciou, não há como negar sua existência. Em meu entendimento filosófico, a gravidade e a consciência seriam as forças comuns às dimensões existentes. Só que nessas outras dimensões elas seriam regidas por leis físicas e densidades ainda desconhecidas pela nossa realidade.
                    Não é preciso ser nenhum gênio para correlacionar, após vivenciar alguns fenômenos ditos insólitos, e poder concluir, intuitivamente, que essa fantástica energia chamada consciência (o espírito como entidade física real) transita livremente entre as dimensões. E vou mais além: A matéria escura nada mais é do que a manifestação energética dos planos espirituais superiores, ou seja, a vida após a vida. Prezado leitor, na natureza tudo é energia condensada, e a própria energia é também a matéria em estado radiante. O leitor não pode esquecer que o próprio Einstein postulou que matéria e energia, em essência, são a mesma coisa (E=mc2).

Juarez Medeiros Júnior.         
                   
                
                   


 Nota: A teoria que sugere a “consciência” como sendo a quinta partícula, foi formulada brilhantemente pelo ilustre Prof. Laércio  Fonseca. Autor do documentário: “Física Quântica e Espiritualidade.